Resumo
Este artigo trata do repertório imagético comumente associado ao HIV/Aids, que deriva diretamente do tratamento dado à doença pelos meios de comunicação nos primeiros anos da epidemia. O conteúdo ligado ao HIV/Aids, veiculado pela mídia entre 1983 e os primeiros anos da década de 1990, privilegiava quase sempre questões ligadas à morte e à morbidez. Tais escolhas temáticas estimularam a estigmatização ligada à doença, fomentando a criação de um imaginário ligado à Aids aparentemente bastante resistente às descobertas científicas e aos avanços no tratamento da doença, no qual prevalecem julgamentos de valor e conduta em detrimento das questões epidemiológicas ligadas ao HIV, marcando de forma definitiva a percepção da Aids pela população em geral. Nossa argumentação será conduzida através da exposição de alguns exemplos de discursos ligados à Aids veiculados na mídia, assim como nas falas de pessoas das áreas médica e legal, bem como de personagens diretamente envolvidos na epidemia, além da exposição de algumas peças de prevenção à Aids veiculadas nas últimas três décadas.
Palavras-chave
HIV/Aids. Prevenção a Aids. Campanhas publicitárias. Sexualidade
Abstract
This article is about some issues related to the images that were closely associated to the vírus HIV, in the early beginning years of the epidemic, and the supposed remain of this “model” until nowadays, fostering the creation of an imaginary related to Aids and HIV, so then we can see the possible consequences of this “bond”. We will conduct the discussion through the discourses related to Aids displayed in the media, beyond the discourses from the medical authorities and juridical ones, and with the display of prevention campaigns from the last three decades. Doing that, we will try to understand the social management of the epidemics and it´s reflect in the official prevention.
Keywords
HIV/Aids. Aids prevention. Advertising campaigns. Sexuality.
Imagens e marcas: um imaginário ligado à epidemia de HIV-Aids no Brasil