Publicada em: 11/07/2007 às 09:01
Alceu 13


O poder da memória, fundamento do eu e da civilização
Luciano Arcella


Resumo
A religião olímpica não dá ao homem nenhuma possibilidade de sobrevivência depois da morte, mas só a consciência da separação definitiva entre mundo divino e humano. Este pressuposto de uma religião de caráter político – o polites, o cidadão, deve respeitar os deuses da cidade – revela que a única possibilidade de eternidade é dada pela memória dos pósteros, alimentada pela poesia épica. Deixando o mundo antigo para ver o ser humano em si, a memória representa a capacidade de entregar um principium individuationis a um ser que, de outra maneira, se esmigalharia na multiplicidade das próprias expressões. Memória então como base para um valor ético do eu, que manifesta a vontade de existir e de ser também além da história.

Palavras-chave
Deuses; Polites; Memória; Eu.

Abstract
Olimpic religion doesn’t give man any possibility to live after death, but only the cosciusness of the absolute separatin between divine and human world. This basic condition of a political religion – the polites, the citizen, must respect the gods of the town – reveals that the only possibility of ethernity is allowed by the memory of posterity, nourished by epic poetry. Leaving anscient world to consider human beeing in himself, memory represents the capacity to grant a principium individuationis to a being who, otherwise, should crumble in the multiplicity of its expressions. Memory so, like base for an ethic value of the ego, who reveals the will to exist and to be even beyond history.

Key-words
Gods; Citizen; Memory; Ego


O poder da memória, fundamento do eu e da civilização


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