Resumo
As imitações brasileiras produzidas a partir dos anos 1930 eram desprezadas pelos críticos, sendo vistas como parentes pobres dos originais americanos nos quais estas eram inspiradas. A partir da análise de Quem roubou meu samba? e Rio, Zona Norte, este texto defende a idéia de que é precisamente nessa inocência das imitações brasileiras, em sua falta de pretensão, sua inferioridade técnica e seu humor auto-depreciativo que reside a chave de seu brasilianismo intrínseco.
Palavras-chave
Cinema brasileiro; imitações; chanchadas; filmes americanos.
Abstract
The brazilian imitations were rejected by the critics, and were seen as poor versions of the american originals in which they are inspired. This article analyses the films Quem roubou meu samba? and Rio, Zona Norte, supporting the idea of an innocence of brazilian imitations, in its lack of pretension, in its technical inferiority and its humor that depreciated itself, as a key of its intrinsic brazilianism.
Key-words
Brazilian cinema; imitations; chanchadas; american films.
A imitação cultural na chanchada: o caso de
Quem roubou meu samba? e Rio, Zona Norte