Resumo
O presente artigo retoma a comparação entre linguagem e jogo, procurando mostrar que os atos lingüísticos, em virtude da dimensão simbólica que os caracteriza, situam-se ao alcance do que existe no homem, a partir de uma consciência que se desenvolve sob a forma de cultura que nos precede (jogo), mas que se esgota também no homem, ao ser pensada a sua condição de finitude (jogar). O conceito de Happening, emprestado das artes cênicas e visuais, é comparado aos atos lingüísticos, na medida em que estes incidem em uma tentativa nova e espontânea de ser da linguagem, aqui entendida como contraponto ou “antônimo rigoroso à morte” (Barthes, 2004: 193) e, portanto, construída como continuidade de não se esgotar o próprio jogo da vida.
Palavras-chave
Linguagem; Jogo; Símbolo.
Abstract
The present article retakes the comparison between language and game, in order to show that the linguistic acts, due to the symbolic dimension that characterizes them, are placed in the reach of what exists in the man, from a conscience that is developed under the form of culture that precedes us (game), but that is also depleted in the man, when it is thought in its finite condition (to play). The concept of Happening, borrowed from the scenic and visual arts, is compared to the linguistic acts, while they happen in a new and spontaneous attempt of being from language, here understood as a counterpoint or “rigorous antonym to death” (Barthes, 2004: 193) and, therefore, constructed as a continuity of not depleting the proper game of life.
Key-words
Language; Game; Token.
Happening lingüístico